sábado, 16 de outubro de 2010

Como todos nós




Gosto de levar os meus três filhotes para a escola a pé. Aproveitamos o fresco da manhã e já ficamos com um passeio dado. Deixo 1ª a princesa na escola, às 9, e sigo com os rapazes até à escolinha, com calma e a conversar muito. Perto das piscinas municipais passamos por este jardim mágico, com um ar um tanto abandonado, mas com um parque de árvores muito rico e uma igreja linda. Um dos cedros, apesar do porte altivo, parece-me estar moribundo, sem folhas, acinzentado. Com o nariz encostado ao gradeamento, disse ao meu do meio que aquela árvore estava a morrer. Olhou-me muito sério e com os olhos grandes muito abertos. "A morrer? Como a morrer?" Expliquei que as árvores eram como as pessoas, morriam de velhice ou quando tinham alguma doença. Disse-lhe que precisam de terra bem tratada, fertilizante para se alimentarem, água no Verão para matar a sede. E de mimos, como todos nós.

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