O Chá e a Poesia na Oficina da Borboleta Maria

Há já algum tempo que não venho aqui, não por falta de vontade mas porque a casa, sempre tão cheia cansativa e alegre e outros afazeres profissionais não me têm permitido actualizar o blog com o que vou fazendo na Oficina. O pouco tempo que sobra ao serão para me sentar em frente ao computador e fazer a divulgação das peças que vou criando é quase invariavelmente aproveitado para trabalhar nas próprias peças. Este equilíbrio entre a realização e o aperfeiçoamento do trabalho criativo e a comunicação do mesmo está muito longe de ser dominado por mim. O tempo é pouco para fazer bem as duas coisas e se a isto juntarmos uma cada vez maior vontade em suprimir palavras e trabalhar no silêncio o resultado é este:  as agulhas e a roda de fiar trabalham diariamente mas o blog fica parado.
Em poucas palavras, para ficarem com uma ideia do que se faz na Oficina da Borboleta Maria sem vos cansar muito: o crochet e os Encontros de Agulhas têm continuado com fervor e alguma costura também tem sido feita mas o deslumbramento maior (e o grande desafio também) tem sido dar os primeiros passos na arte da fiação da lã. O assunto é tão sério e apaixonante (a envolvente social e rural que está na sua origem e prática e a aprendizagem do ofício) que falarei certamente sobre ele nos próximos dias.
Hoje, com a ajuda de uma querida amiga,  fiz uma animada sessão fotográfica com algumas das últimas peças que fiz em crochet. O facto de ela já ter conseguido colocar algumas fotografias no facebook, antes de eu ter editado e divulgado as que tirei com a minha máquina fez-me encher de brio e de vontade de arregaçar as mangas.
Aqui estão algumas das fotografias, vejam e manifestem a vossa opinião.
Todas as peças foram feitas com muito prazer e calma, pensadas para confortar no frio, inspiradas em duas mulheres nascidas aqui em Vila Viçosa: D. Catarina de Bragança e Florbela Espanca. O Chá e a Poesia nas peças da Oficina da Borboleta Maria.